O,
meu primeiro AmorLindo
-aquele que verdadeiramente Ama o Amor-
como todo o LindoMar de agosto,
adormeceu cansado,
no dorso do ruído do silêncio,
que todo o corpo vaza,
quando se deita nas nuvens da areia da praia.
O,
meu primeiro AmorLindo
- aquele que verdadeiramente Ama o Amor-
na admirável penitência de não se repetir,
ficou-me na boca de um único beijo longo e quente,
como uma palavra guardada libertada descalça,
marcando o chão fecundo da aprendiz de poesia,
desfazendo a lágrima para se deitar ao lado dela,
como um jarra que caiu do altar;
pesadas que são as vermelhas RosAs Flores,
agora que a alegria é apenas
um simples instante que demora.
O,
meu primeiro AmorLindo
-aquele que verdadeiramente Ama o Amor-
como último teu rosto da minha fome no mundo
terra de ninguém,
pôs-me um aprendiz de poema na vez da alma do coração,
distraindo a candeia do PapáDeus e os outros candeeiros da rua
sem o teu nome,
inventando a sombra e tirando a certeza da manhã,
para que a noite fria,
nua e escura,
dura-se o resto do tempo dos dias desta vida,
como um casulo que hiberna,
para além do sonho e da escuridão.
O,
meu primeiro AmorLindo
-aquele que verdadeiramente Ama o Amor-
ainda assim,
é como um círculo elegíaco,
regressando para me resgatar.
LuA