quinta-feira, setembro 26, 2024

Adormeceu cansado.

 O,

meu primeiro AmorLindo
-aquele que verdadeiramente Ama o Amor-
como todo o LindoMar de agosto, 
adormeceu cansado,
no dorso do ruído do silêncio,
que todo o corpo vaza, 
quando se deita nas nuvens da areia da praia.

O, 
meu primeiro AmorLindo
- aquele que verdadeiramente Ama o Amor-
na admirável penitência de não se repetir, 
ficou-me na boca de um único beijo longo e quente, 
como uma palavra guardada libertada descalça, 
marcando o chão fecundo da aprendiz de poesia, 
desfazendo a lágrima para se deitar ao lado dela, 
como um jarra que caiu do altar; 
pesadas que são as vermelhas RosAs Flores, 
agora que a alegria é apenas
 um simples instante que demora.

O, 
meu primeiro AmorLindo
-aquele que verdadeiramente Ama o Amor-
como último teu rosto da minha fome no mundo
terra de ninguém, 
pôs-me um aprendiz de poema na vez da alma do coração, 
distraindo a candeia do PapáDeus e os outros candeeiros da rua 
sem o teu nome, 
inventando a sombra e tirando a certeza da manhã, 
para que a noite fria, 
nua e escura, 
dura-se o resto do tempo dos dias desta vida, 
como um casulo que hiberna, 
para além do sonho e da escuridão.

O, 
meu primeiro AmorLindo
-aquele que verdadeiramente Ama o Amor-
ainda assim, 
é como um círculo elegíaco,
regressando para me resgatar. 


LuA   

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